Gripe moderna
Quando eu era menor (de idade, entenda-se bem, porque já nasci deste tamanho), não sei se era por descuido ou despreocupação ou porque a coisa era diferente mesmo, acredita que eu nunca tinha ouvido falar de gripe importada?
Acho que isso é que chamam de globalização. Um desinfeliz espirra lá no monte do Zé Gaia e a maldita baba vem contaminando todo mundo aqui pra baixo.
Mais interessante ainda é ver a loucura que isso causa nas pessoas. Descobri que muitas, mas muitas mesmo, começaram a lavar as mãos agora, porque passou na televisão. Antes, as pilantras faziam questão de tossir e espirrar e, em seguida, na maior "cara-de-pau", ofereciam a mão babada como gesto de cordialidade.
Só porque a gripe recebeu nome de porco, começou a frescura! Preconceito com o bichinho, que há anos alimenta nossa despensa com bacon e bistecas.
E o adiamento das aulas, então?
Tá todo mundo num medo desgranhento de voltar pra escola! Mas eu acho que sei o porquê. Professor virou sinônimo de gripe. Ah, é. Só pode ser isso.
Porque o pipoqueiro, o cara do cinema, todo mundo do shopping, o dono do bar, estes não oferecem risco algum, nem botam medo. Todo dia tem um monte de gente querendo vê-los. Reúnem-se, todos grudadinhos, baforando um no cangote do outro, despreocupados e felizes. Então, só pode ser o professor o culpado de tudo.
Também tem alguns que não cooperam, né? Eu mesmo tinha um professor que era uma chuva de verão: em poucos minutos causava enxurrada na testa da gente; era preciso guarda-chuva para se proteger das gotículas, babículas e cuspículas do cidadão. Argh!
E é isso. Uma gripe que causa uma porcaria onde passa, amedronta os estudantes só quando se refere à escola e se espalha pelo mundo tão bacaninha, assim, desinteressada, provando que o porco merece mais respeito.
Mas quero deixar bem claro: caso eu venha contrair a tal gripe do "chiqueiro", vai ser vírus "chique". De alguma maneira vão trazê-lo a mim do shopping.
Ah, mais um pedido a meus "amigos de vírus secretos": tentem fazer com que ele venha com etiqueta de grife, tá, pra eu poder mostrar pra todo mundo que a coisa por aqui anda fina demais...
Acho que isso é que chamam de globalização. Um desinfeliz espirra lá no monte do Zé Gaia e a maldita baba vem contaminando todo mundo aqui pra baixo.
Mais interessante ainda é ver a loucura que isso causa nas pessoas. Descobri que muitas, mas muitas mesmo, começaram a lavar as mãos agora, porque passou na televisão. Antes, as pilantras faziam questão de tossir e espirrar e, em seguida, na maior "cara-de-pau", ofereciam a mão babada como gesto de cordialidade.
Só porque a gripe recebeu nome de porco, começou a frescura! Preconceito com o bichinho, que há anos alimenta nossa despensa com bacon e bistecas.
E o adiamento das aulas, então?
Tá todo mundo num medo desgranhento de voltar pra escola! Mas eu acho que sei o porquê. Professor virou sinônimo de gripe. Ah, é. Só pode ser isso.
Porque o pipoqueiro, o cara do cinema, todo mundo do shopping, o dono do bar, estes não oferecem risco algum, nem botam medo. Todo dia tem um monte de gente querendo vê-los. Reúnem-se, todos grudadinhos, baforando um no cangote do outro, despreocupados e felizes. Então, só pode ser o professor o culpado de tudo.
Também tem alguns que não cooperam, né? Eu mesmo tinha um professor que era uma chuva de verão: em poucos minutos causava enxurrada na testa da gente; era preciso guarda-chuva para se proteger das gotículas, babículas e cuspículas do cidadão. Argh!
E é isso. Uma gripe que causa uma porcaria onde passa, amedronta os estudantes só quando se refere à escola e se espalha pelo mundo tão bacaninha, assim, desinteressada, provando que o porco merece mais respeito.
Mas quero deixar bem claro: caso eu venha contrair a tal gripe do "chiqueiro", vai ser vírus "chique". De alguma maneira vão trazê-lo a mim do shopping.
Ah, mais um pedido a meus "amigos de vírus secretos": tentem fazer com que ele venha com etiqueta de grife, tá, pra eu poder mostrar pra todo mundo que a coisa por aqui anda fina demais...
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